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A máscara se tornou o novo acessório indispensável. E deve continuar obrigatória por um bom tempo. Veja como usá-la com estilo, principalmente no trabalho.
Já dá para dizer que em 2020 a única tendência que surgiu e pegou foi o uso da máscara. Por obrigação e não por opção. O acessório surgiu do nada sem nenhuma regra estética e se incorporou à rotina de todo o mundo. Pensando bem, nenhum outro acessório ou peça de roupa é tão essencial a ponto de ser usado em todas as ocasiões, no trabalho, na reunião, no supermercado e na academia.
Como a máscara veio para ficar e as ocasiões de uso se diversificam à medida que as fases da pandemia vão se flexibilizando, chegou o momento de repensá-la no contexto do guarda-roupa masculino. Sim, porque por mais que se diga que a máscara se tornou um acessório fashion, é bom evitar exageros e saber usá-la com estilo e elegância, principalmente no trabalho.
“A máscara precisa estar adequada ao código de vestimenta — o dress code — do ambiente profissional”, diz o arquiteto, diretor de arte e consultor de moda masculina Murilo Grilo (@grilomu), dono da marca própria de roupas que leva o seu nome (@murilogrilostore).
Murilo enfatiza que a segurança deve vir antes do visual. Afinal, a máscara não é apenas um acessório estético. “Primeiramente é preciso observar todas as recomendações de segurança, como ajustá-la bem ao rosto, cobrindo bem o nariz e a boca, trocar a cada 4 horas e embalar quando estiver usada. Daí, sim, podemos explorar estampas e cores ao nosso favor”, afirma.
Para quem precisa se vestir de modo formal no trabalho (mesmo que não use terno e gravata), a máscara deve combinar com o look, da mesma forma que a gravata, o lenço de lapela ou o relógio. Quem trabalha ou circula em ambientes que exigem um visual formal e tradicional, como áreas administrativas ou financeiras, deve evitar estampas coloridas ou desenhos. Uma boa ideia é combiná-la com a cor da camisa social.
“A cor precisa ser sóbria, neutra, que não chame atenção. O ideal é usar cores lisas e discretas como preto, vinho, azul marinho, verde musgo, cinza, chumbo, azul claro, branco e off white (o branco “sujo”), explica Murilo, que apresenta o programa Personal Vip Home na AllTV.
Uma opção é escolher a máscara da mesma cor do terno. Por exemplo, terno preto com máscara preta, cinza com cinza e por aí. “Se quiser mesmo optar por estampas num ambiente formal, prefira padrões discretos como xadrez miúdo e cashmere ou aqueles tradicionais que são utilizados nos tecidos dos costumes, blazers e ternos, como risca-de-giz, príncipe-de-Gales e outros”, sugere.
Fica interessante também combinar a cor da máscara com a da camisa, da gravata ou do lenço de bolso.
Uma alternativa para combinar a máscara com a roupa social é fazer sua máscara em um alfaiate. Assim você consegue uma estampa com um tom próximo ou idêntico ao paletó. Pode parecer um investimento supérfluo, mas lembre-se de que não há previsão de quando poderemos deixar de usar máscara todos os dias. Então, vale investir na elegância.
Máscara branca rola? Só em alguns casos, pois ela tem cara de cirúrgica. “A mascara branca deve ser reservada para profissional da área da saúde ou de culinária e confeitaria, pois passa uma imagem de limpeza”, diz Murilo Grilo.
Caso a empresa não tenha um código de vestimenta rígido (como costumam ser agências de publicidade, trabalhos digitais e outras áreas criativas), você pode ousar um pouco mais nas cores e estampas. Mas sem exagero, porque ninguém precisa se destacar no trabalho por causa da máscara.
Tente combinar a máscara com a cor da roupa, especialmente da camisa, camiseta ou moletom. Não precisa necessariamente ser da cor exata, mas de uma tonalidade parecida ou, ainda, combinar a camisa com uma das cores da estampa.
Máscaras com estampas engraçadas podem ser muito divertidas, mas ela precisa estar dentro do contexto, segundo Murilo Grilo. Reserve-as para momentos informais com os amigos, uma ida ao mercado ou uma caminhada.
E as máscaras super fashion? “O acessório pode ser usado de maneira bem fashion, se seu trabalho envolver moda ou quiser marcar um estilo super pessoal. Abuse!”, conclui o consultor.
